Redação Pax Notícias e Agência de notícias Rfi
Segundo o exército russo, citado
pelo portal de notícias Rfi, o bombardeamento contra a prisão de Olenivka, no
leste da Ucrânia, terá causado 40 mortos e 75 feridos, as autoridades
separatistas pro-russas dando conta, por sua vez, de um balanço de 47 mortos e
53 feridos neste estabelecimento onde os russos mantêm em detenção os
prisioneiros de guerra.
Encontram-se lá nomeadamente os
membros do batalhão Azov, um regimento ucraniano acusado de ser neonazi que
participou na batalha de Mariupol contra as forças russas, 2.500 combatentes
acabando contudo por entregar-se em Maio, no final do cerco da cidade.
As forças ucranianas "atiraram
contra a prisão onde estão detidos membros do batalhão Azov, com material
americano", afirmou o Comité de inquérito, órgão de investigação
da Rússia, país cujo ministério da Defesa acusou Kiev de estar por detrás deste
acto que qualificou de "escandalosa provocação visando
apavorar os soldados ucranianos e dissuadi-los a se entregarem".
Entretanto, Kiev não só desmentiu
estas alegações como acusou as forças russas de ter deliberadamente visado a
prisão de modo a "acusar a Ucrânia de ter cometido crimes de guerra"
e também no intuito de "disfarçar os actos de tortura e execuções de presos
que são perpetrados lá".
Ainda no campo militar, pelo
menos 5 pessoas morreram e outras 7 ficaram feridas no bombardeamento contra
uma paragem de autocarro em Mykolaïv, no sul do país, segundo as autoridades
locais. Noutro ponto do país, em Donetsk, no leste, pelo menos 8 pessoas
morreram e outras 19 foram feridas em bombardeamentos nestas ultimas 24 horas,
segundo a presidência ucraniana dando igualmente conta de pelo menos um morto e
7 feridos na região de Kharkiv, no nordeste.
Na frente económico-política, o
Presidente ucraniano deslocou-se esta sexta-feira ao porto de Tchornomorsk,
sobre o Mar Negro, para supervisionar um primeiro carregamento de cereais num
navio turco, na sequência do acordo assinado no final da semana passada com a
Rússia para viabilizar o seu desbloqueamento, depois de meses de espera que
provocaram penúrias alimentares nos países mais dependentes da exportação dos
cereais dessa região do globo.
O Presidente da Ucrânia que
pretende comercializar 20 toneladas de cereais no valor de cerca de 10 mil
milhões de Dólares, disse que o seu país está pronto a começar as operações de
envio para o exterior, esperando apenas uma "luz verde" de Ancara e
da ONU, entidades que garantem o cumprimento do acordo com Moscovo.
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